Programa de áudio facilita a identificação de espécies de anuros

Eleutherodactylus juanariveroi - Fonte: coquiPR.com

Olá amigos! Pesquisando sobre alguns programas de áudio específicos para biólogos e alguns relacionados à anurofauna (sapos, pererecas e rãs) para utilizar em meu Trabalho de Conclusão de Curso com Anuros da minha cidade, eu encontrei um post bacana na Science sobre um programa criado recentemente para estudos de anuros.

Agora os ecologistas não precisam mais se esconderem no mato para ficar esperando as espécies de anuros vocalizarem, eles simplesmente podem gravar todo o som do ambiente e principalmente as frequências emitidas por anuros.

Trabalhar com a vocalização de anuros é um trabalho muito complexo que envolve várias horas de coletas de sons no campo e a posterior triagem deste em vários programas. A equipe de cientistas da Universidade de Porto Rico, Rio Piedras, em San Juan espera mudar isso com sua Rede de Monitoramento da Biodiversidade Automatizada Remota (ARBIMON), descrito na revista Peer Journal

O sistema elaborado captura segmentos de áudio de 1 minuto em intervalos regulares usando um iPhone em uma estação de campo alimentado por energia solar e imediatamente envia para um servidor principal. Sons relevantes, como a vocalização sutil da espécie criticamente ameaçada conhecida vulgarmente como coquí llanero ( Eleutherodactylus juanariveroi, na foto), são apontados através de um algoritmo de computador, que os cientistas podem treinar para identificar todas as espécies escolhidas. A equipe sugere que até mesmo os ecologistas sem programação de computadores podem agora criar uma vigilância mais sofisticada para as espécies ameaçadas pelas alterações climáticas e perda de habitat.

Clique aqui para ouvir o áudio gravado obtido por este programa.

Com base nessa pesquisa, e muitas outras parecidas, nós podemos ver o quanto ecologia necessita da tecnologia para ampliar os estudos ecológicos e aumentar a eficiência dos programas de conservação de biodiversidade. Vemos também que ao mesmo tempo que conservamos, nós destruímos, já que para se ter tecnologia é necessário explorar recursos naturais necessários para a produção de equipamentos. Ainda bem que nós biólogos utilizamos a tecnologia para o bem da própria natureza e não o contrário.

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