Peixes pescadores: Ordem Lophiiformes


Os peixes pertencentes à ordem Lophiiformes são conhecidos como "Anglerfish" que significa "peixe pescador" por apresentarem uma estrutura na cabeça utilizada para atrair suas presas onde em seguida as capturam através de um movimento com a boca extremamente rápido, em questão de milésimos de segundos.

Esta estrutura na cabeça é conhecida como Illicium derivada do primeiro raio da barbatana dorsal modificada, onde em sua extremidade há a "esca" (isca), uma parte carnosa que atrai as presas. Estes animais tem a incrível capacidade de projetar a boca e estender o estômago para engolir presas com o dobro de seus tamanhos.

Algumas espécies que vivem em zonas muito profundas do oceano, as chamadas zonas fóticas (escuras), possuem as escas bioluminescentes, ou seja, elas contam com uma luz própria provinda de uma série de reações químicas em associação simbiótica com bactérias, além de apresentarem o corpo com coloração marrom escuro, o que facilita a captura de suas presas. Esta característica é derivada de diversos processos de modificações estruturais em conjunto com a seleção natural, ocorrentes através da longa história evolutiva desses peixes.

Esta ordem possui várias espécies distribuídas em diferentes famílias:
Ogcocephalidae
Chaunacidae
Antennariidae

Ogcocephalidae: isca de pesca pequena, colocada em uma depressão entre a ponta do focinho e boca, cabeça maior e muito mais fortemente deprimido, sem muito espaço, nadadeira dorsal com espinhos delgados, boca muito pequena, sem dentes longos e afiados.

Chaunacidae: corpo arredondado, não achatado; cabeça cubóide; nadadeira dorsal desprovida de espinhos longos e finos, boca grande mas sem dentes longos e afiados; pele muito solta e flácida, tendo pequenas escamas espinhosas; canais visíveis na linha lateral, especialmente na cabeça, de cor profunda rosa ou avermelhada.

Antennariidae: corpo curto, globoso, ligeiramente comprimido; dentes pequenos, villiformes.

Temos ainda a família dos Batipelágicos, onde os indivíduos não possuem nadadeiras pélvicas, e o segundo e terceiro espinho da nadadeira dorsal são muito reduzidos ou ausentes, sem contar que a forma do corpo é diferente das outras famílias.


De uma forma geral estes peixes variam muito no tamanho, alguns podem chegar até os 200cm de comprimento, outros entre 120cm, mas os mais comuns possuem de 25 a 45 cm.

A reprodução destes animais é muito interessante e única no reino animal, onde há um caso extremo de diferença entre o macho e a fêmea (dimorfismo sexual). Para realizar a cópula, a fêmea deve ter o macho fixado em seu flanco de forma tão intensa que chegam até a partilhar a corrente sanguínea. Para isso o macho, que tem o corpo totalmente diferente por ter nascido sem o sistema digestivo e apenas com o propósito de encontrar a fêmea, a localiza através da percepção dos feromônios liberados por ela. Após a fixação no corpo da fêmea, com o passar do tempo, o corpo do macho se degenera e somente as suas gônadas (estruturas reprodutoras) ficam fixadas, liberando o espermatozóides quando a fêmea liberar hormônios indicando que seus óvulos estão prontos para a desova. 

Quando não encontra uma fêmea rapidamente, o macho morre. Interessante, não é?

Veja abaixo um  vídeo sobre os peixes Lophiiformes:


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