O ônibus espacial Discovery, em atividade desde 1984, fez sua última exploração espacial entre fevereiro e março de 2011, quando retornou à Terra e se aposentou. A bordo no veículo espacial, além de seis astronautas, estava uma colônia de quatro mil pequenas minhocas. A missão delas foi mostrar como a vida pode se desenvolver no espaço em longo prazo.
Essa espécie minhoca, que leva o nome científico de Caenorhabditis elegans, já tem um histórico de bom modelo para estudos devido a algumas características. Em seus primeiros três meses no espaço, as minhocas foram monitoradas por uma equipe de cientistas da Universidade de Nottingham, na Inglaterra.
Em humanos, a baixa gravidade e as condições que envolvem passar meses a fio longe da Terra ainda são danosas ao corpo. Nessa situação, os seres vivos são expostos a níveis alarmantes de radiação e o organismo começa a enfraquecer. Nas minhocas, que se reproduziram por doze gerações durante o período de análise, os efeitos foram muito parecidos. E a explicação para isso está na genética.
Boa parte dos genes desse pequeno nematódeo tem equivalentes na cadeia de DNA dos seres humanos. Alguns pontos de contato entre nós e as minhocas são úteis para uma série de experimentos. Descobrir como elas seriam capazes de viver muito tempo no espaço pode ser uma chave para que nós, algum dia, possamos fazer o mesmo. [MSN]
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