Lamarck e suas idéias evolucionistas


As idéias evolucionistas são muito antigas, existem escrituras elaboradas pelos filósofos da Grécia pré-socrática, por exemplo. E existem muitas outras.

Somente no século XVIII e início do XIX que alguns naturalistas passaram a adotar idéias evolucionistas para explicar a diversidade biológica de todo o planeta. O mais importante deles nesse período foi o francês Jean-Baptiste Antoine de Monet (1744-1829), que, por seu título de Cavaleiro de Lamarck, ficou conhecido como Jean-Baptiste Lamarck.

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Em 1809 ele propôs a primeira teoria baseada em argumentos coerentes para explicar a evolução biológica, em seu livro Philosophie Zoologique (Filosofia Zoológica). Esta teoria passou a ser conhecida como Lamarckismo.


Segundo Lamarck, os organismos atuais surgiam por transformações sucessivas de formas mais primitivas. Ele admitia que os seres vivos mais simples haviam surgido espontaneamente a partir de matéria não-viva, modificando-se ao longo de incontáveis gerações, Para Lamarck, assim como um ovo se desenvolve e se modifica até gerar um animal "vivo" que se transformará em um adulto, o mundo orgânico também evoluíra de organismos mais simples para os mais complexos, culminando com a espécie humana. Também não acreditava na extinção biológica, pensando que o desaparecimento de uma espécie ocorria porque ela se transformava em outra, ou seja, de sua evolução.

Durante suas pesquisas Lamarck observou que alguns órgãos, quando não utilizados, atrofiam-se. Com base nessa observação ele elaborou a Lei do Uso e do Desuso. Deste modo, ele supôs que características pelo uso intensivo ou pela falta de uso dos órgãos e também dos membros poderiam ser transmitidas às gerações descendentes, idéia esta que ficou conhecida como Lei da transmissão de caracteres adquiridos.

Lamarck, utilizava as serpentes para explicar que as serpentes não possuíam pernas porque seus ancestrais tinhas mas não as usavam, pois estes adotaram um modo de vida rastejante onde as pernas não seriam úteis, tendendo a atrofiar (Lei do uso e do desuso), passando esta característica para seus descentes (Lei da transmissão de caracteres adquiridos) ao longo das gerações, resultando no desaparecimento das pernas nas serpentes atuais.

Outro exemplo, o mais conhecido, foi o da girafa. Lamarck dizia que as girafas teriam os pescoços grandes porque, na ausência de alimento, elas teriam que buscar alimento nas copas das árvores, e de tanto ficarem esticando o pescoço (Lei do uso e do desuso) eles se tornaram maiores, e assim, seus descendentes já nasciam com pescoços grandes (Transmissão dos caracteres adquiridos).

Hoje sabemos que isso não é verdade, as alterações causada pelo uso ou desuso ocasionados em um órgão não são transmitidas às gerações futuras, invalidando as idéias evolucionistas de Lamarck.

Mas isso não o faz menos importante, pelo contrário, ele teve grande importância no meio científico por ter chamado a atenção dos demais naturalistas da época para a adaptação, resultado das modificações lentas dos seres vivos ao longo de várias gerações.

Ele pecou simplesmente por não apresentar um mecanismo convincente para explicar a evolução biológica e por não ter sugerido que as espécies possuem uma relação de parentesco entre elas, não abalando o criacionismo.

Darwin foi quem conseguiu, através de argumentos convincentes abalar muito o criacionismo, mas ele só o fez porque era grande admirador do trabalho de Lamarck, um seguidor de suas pesquisas, propondo a evolução biológica por seleção natural.


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