Tamanduaí - Cyclopes didactylus

Cyclopes didactylus

A distribuição original da espécie abrange as florestas tropicais de centro e sul América, porém, a baixa taxa metabólica, baixa temperatura corporal (em torno de 33°C) e baixa capacidade termorregulatória limitam a ocorrência da espécie a regiões abaixo de 1500 m (McNab, 1985) de maneira que os Andes constituem uma barreira entre as populações ao Norte e ao Sul da Cordilheira. Além disto, existem alguns registros esporádicos da espécie no nordeste brasileiro (Estados de Pernambuco, Sergipe, Alagoas) cujas populações se encontram isoladas da população Amazônica pela faixa de Caatinga que separa a floresta Atlântica da floresta Amazônica. Assim, a espécie apresenta uma distribuição descontinua, sugerindo a possibilidade da existência de várias subespécies ao longo da sua distribuição (ESG, 2004).


O tamanduaí é o menor dos tamanduás possue um comprimento do corpo de aproximadamente 20 cm. O comprimento da cauda mede em torno de de 25 cm (NOWAK, 1999) e com peso raramente maior que 400 g (EISENBERG & REDFORD, 1999). A coloração é amarela dourada na maioria da sua distribuição mas pode se tornar cinzenta e com uma listra escura no dorso quanto mais ao sul de sua distribuição (DICKMAN, 1984). A cauda do tamanduaí é relativamente longa e preênsil, e é desprovida de pêlos na região do lado de baixo (EMMONS, 1990). Recentemente o Tamanduaí (Cyclopes didactylus) foi separado da família Myrmecophagidae sendo hoje classificado como Cyclopedidae.( Garder,2005). É uma espécie pouco estudada devido ao seu pequeno porte e hábitos crípticos. (Rodrigues et al,2008). Apresenta uma atividade noturna e pasa grande parte do dia nas copas de arvoré sendo difícil a visualização. Utilizam uma grande variedade de habitat, como florestas úmidas na região amazônica, áreas de capoeira, mangues e mata decídua.


Suas ameaças são poucos conhecidas. A destruição de habitas é sabidamente a maior das ameaças, principalmente na população do nordeste brasileiro. A captura do animal para utilização como mascote também é comum na região amazônica.

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