Atelocynus microtis
Canídeo de médio porte, com um rostro bastante longo e orelhas externas curtas. O comprimento da cabeça até a cauda varia de 90cm a 1metro, e a cauda varia de 25 a 35 cm. A coloração típica é marrom escuro, podendo apresentar pelos brancos dando uma conformação grisalha, podendo até formar uma linha mais clara na região dorsal, apresentando a cauda preta. Esta espécie é facilmente diferenciada dos demais canídeos neotropicias pelo tamanho da orelha e coloração.
Está distribuído na Colômbia, Peru, Bolívia, Equador e no Brasil, pela bacia amazonica, ao sul dos rios Amazonas e Negro e no Rio Paraguay , pelo Tocantins e Mato Grosso. São encontrados em florestas contínuas nas baixadas de até 1000m de altitude. Animal de hábitos solitários, só se reunindo em casais na época do acasalamento. O macho possui uma glândula anal que produz uma secreção com cheiro forte, usada como marcação de território. Apresentam hábitos de herbivoria e sua dieta e constituída por pequenos mamíferos, incluindo roedores.
Em comparação com outros canídeos, apresenta um repertório vocal limitado. Segundo informações do Livro Vermelho de 1994, esta espécie estava classificada pela UICN como insuficientemente conhecida, com sugestões de alguns autores para classificá-la como vulnerável, para que medidas mais efetivas de conservação sejam tomadas.
Alimentação
Peixes, frutos, anfíbios, insetos e pequenos mamíferos.
Coloração
Dorso cinza escuro, cabeça castanho escuro, cauda negra, pernas pretas ou marrom escuro e partes inferiores castanho.
A biologia desta espécie ainda é muito desconhecida, principalmente por não haver animais em cativeiro. Em 2000, uma pesquisadora da Universidade Duke - USA, e membro da Associação Pró-carnívoros, iniciou o primeiro estudo deste animal em natureza na floresta amazônica peruana.