Tatús podem ser a chave para a cura de cegueira em humanos


O tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) tem muitas habilidades ocultadas, pode farejar insetos enterrados até 20 centímetros no subsolo, por exemplo, e saltar mais de um metro no ar quando assustado.

Porém, a sua visão não é nada boa! Porque seus olhos não possuem células capazes de detectar a luz, células estas chamadas de cones, tendo uma visão difusa e incolor.

As células receptoras de luz que um tatu tem, são chamadas de bastonetes, mas são tão sensíveis que a luz do dia torna os animais noturnos praticamente cegos. Mas esta característica nos tatús pode ter uma fresta de esperança para os seres humanos.


Para estudar doenças que causam cegueira em pessoas, os cientistas normalmente utilizam células cones geneticamente modificadas de diferentes genes em animais, como camundongos. Tais estudos são limitados, porque examinam apenas um gene de cada vez, enquanto que um número de genes diferentes contribuem para a disfunção das células cone, dizem os pesquisadores. 

Ao comparar o gene do tatu para outros mamíferos intimamente relacionados, uma equipe de cientistas já identificaram vários genes relacionados com as células cone no genoma do tatu que se tornaram não-funcionais milhões de anos atrás. Este trabalho foi publicado na Sociedade de Neurociência em uma conferência em San Diego, Califórnia. Isso faz com que os animais noturnos sejam "excelentes candidatos" para experiências de terapia genética que pode restaurar a visão de cores e apontar o caminho para possíveis tratamentos de humanos. [Science]

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